segunda-feira, 22 de julho de 2013

Série Minha Experiência >> Luziânia/GO - Plano Piloto/DF

Pessoal,

Que tal um espaço neste blog para partilharmos nossas experiências em mobilidade urbana? A proposta é bem simples: basta me enviar um email hoguerra@gmail.com (não precisa se identificar) contando alguma experiência em mobilidade urbana. Pode ser seu dia-a-dia, suas impressões quando visitou alguma cidade do DF ou do entorno, alguma acontecimento particular etc.

Vou iniciar a série contando minha experiência de hoje. Depois de um bom fim de semana em Caldas Novas/GO, saí de lá bem cedo para poder ir ao trabalho. Estava de carro próprio. Por volta das 8:00h estava em Luziânia/GO. Quando cheguei, pensei que iria pegar um tremendo congestionamento dentro de Luziânia e no caminho para Brasília, mas a viagem se mostrou um pouco diferente dos planos.

Dentro de Luziânia andei por avenidas não muito largas com grande fluxo, mas sem retenções ou congestionamentos. Para quem está de carro tudo muito bom, mas reparei que não havia ciclofaixas/ciclovias e as calçadas, em muitos trechos, não eram apropriadas. Para muitos ciclistas e pedestres não havia outra forma senão conviver na mesma via com carros que me pareciam trafegar acima dos 80km/h.

Na BR-040/GO até a divisa com o DF (Luziânia e Valparaíso), o que mais me chamou a atenção foram alguns audaciosos pedestres atravessando a rodovia em pontos perigosíssimos. Não cheguei a pegar congestionamento, mas o fluxo de veículos estava muito intenso. Dirigia um pouco tenso, pois havia muitos carros e motos querendo entrar na via e outros tantos saindo dela a todo local (sem falar dos pedestres passando de lá para cá). Não há vias marginais para ordenar o fluxo de veículos.

Outro aspecto é referente ao transporte público coletivo, se é que podemos caracterizá-lo como tal. Os ônibus possuíam uma aparência velha (e de fato são bem antigos). Ao longo de todo o trecho não vi qualquer benefício ao transporte público coletivo. Pelo contrário! Os ônibus, após a parada no acostamento para embarque e desembarque de passageiros, tinham que dar um jeito de voltar a ingressar na via que estava cheia de carros e motos.

Por falar em parada de ônibus... Fiquei pensando como os usuários fazem para chegar até elas? Pois bem, eles precisam andar bons trechos na poeira (na época da chuva deve ser na lama), pois quase não há calçadas ao longo da BR. Não deu para perceber bem o uso das passarelas ao longo da via, mas a impressão que tive era de que as pessoas preferiam a riscar a vida passando por debaixo delas a ter que usá-las.

Já a BR-040 no DF as coisas não mudam muito, mas pelo menos não há adensamentos urbanos. Na EPIA, o que mais me chamou a atenção foram os diversos desvios em função das obras do Expresso DF (BRT que ligará Santa Maria e Gama até o Plano Piloto). Muitas curvas, estreitamentos de vias, etc. A sinalização não é das melhores. Penso que a noite deve ser bem complicado, ainda mais para quem não conhece a região.

Embora tivesse guardando uma distância segura do carro da frente por duas vezes tive que frear mais forte em virtude de condutas inadequadas de outros motoristas. Em outra ocasião me senti espremido em um estreitamento de via quando um motoqueiro resolveu passar entre o meu carro e o ônibus ao lado.

Pelo horário que circulei na EPIA Sul já não havia congestionamentos, mas o fluxo de veículos era intenso. Os motoristas correm a uma velocidade bem acima da permitida, mesmo estando em obras. Os motoqueiros se arriscam bastante trafegando entre os carros. Achei muito perigoso.

Graças a Deus consegui chegar ao meu serviço. Gastei um pouco mais de 1 hora entre Luziânia e Brasília. Tive que estacionar bem longe, pois não havia estacionamento, mas foi bem agradável a caminhada (embora sem calçadas apropriadas)!

Hoje tive uma pequena noção do que muitos moradores de Luziânia/GO, Valparaíso/GO, Gama/DF e Santa Maria/DF passam para ir ao trabalho no centro da capital federal, dirigindo o próprio carro. Agora fiquei pensando o que passam os usuários que usam o transporte público coletivo. Deve ser uma batalha diária!

Grande abraço!

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